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Consultório de Educação

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27
Jan08

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Boa Tarde,

A nossa sociedade cada vez mais promove o individualismo em detrimento da vida comunitária, mesmo da vida familiar. A proliferação de computadores e televisões em cada casa veio reinforçar mais a faceta individualista já presente em todos os adolescêntes. Tenho um filho com 13 anos que está em plena  "adolescência", com tudo a que tem direito!  O seu quarto, o seu espaço e a sua música. Como família todos temos as nossas obrigações comuns e procuramos que as crianças cresçam com a ideia que a cooperação de todas é necessário para a coesão familiar, e para a casa funcionar. Somos uma equipa.
A minha pergunta é se consideram possível um adolescente participar  nas actividades familiares, aqui incluo lúdicas e obrigações de cada um, como arrumar o quarto, participar no dia a dia da casa, sem ser sempre como uma obrigação, mas sentir que está a participar na vida da família, e que a sua cooperação é positiva e necessária para o bom ambiente familiar.

Obrigada.

Teresa  Washington Dc

 

24
Jan08

Sem Angustias ou Traumatologias

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Participar ou não eis a questão

 
Os nossos filhos devem ou não fazer parte das actividades diárias da família?
 
Colocamos muitas vezes esta questão, mas a resposta é simples e deve ser dada na forma de outra questão:
 
Queremos que os nossos filhos sejam parte da nossa família?
 
Claro que queremos!
 
Desejamos que eles se envolvam com a família e que desempenhem as suas tarefas.
 
Quando fazemos parte de uma qualquer organização, temos direitos e deveres, e se por alguma razão não percebemos quais são, é difícil identificarmos também, qual o nosso lugar nessa organização.
 
Numa família todos têm a sua função, mas este papel só é interiorizado quando são aceites por todos, os direitos e deveres de cada um.
 
Cuidados a ter:
  • A participação nas actividades da família deve ser aprendida e treinada.
  • Os “decretos” não funcionam bem aqui.
  • Para que os filhos participem, os Pais têm de dar bons exemplos.
Como fazer?
  • Se um adolescente nunca colaborou nas tarefas da casa, não podemos de repente, exigir que ele aceite e cumpra este tipo de obrigações, mas devemos fazer-lhe evidência das alterações ocorridas que criam a necessidade da participação dele.
  • Devemos dar o exemplo, se queremos que uma criança coma sopa devemos comer também, assim será mais fácil acreditar que a sopa é mesmo boa (se a sopa faz bem qual a razão para só eles comerem?).
  • Vamos identificar tarefas que juntem a família num objectivo comum, e se conseguirmos fazer uma distribuição das mesmas de forma equilibrada e até partilhada, vamos por certo ter sucesso neste envolvimento dos filhos nas tarefas da família.
A realização de tarefas não deve ser um momento de conflito e teimosia, vamos transformar estas actividades em ferramentas de envolvimento, garantindo e reforçando em todos, sentimentos de pertença à sua família.
 
Muitos reforços positivos e boas actividades.
 
A equipa Let’s Grow
11
Jan08

A Disciplina nos primeiros 2 anos duma criança

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Estabelecer limites e gerir a permissividade
Durante algum tempo, parece que se tornou bastante comum confundir o conceito de disciplina com o de castigo. No verdadeiro sentido da palavra, disciplina é o conjunto de métodos pelos quais os pais se guiam e ensinam os seus filhos. Usa-se a disciplina para se ensinar o correcto e o errado, para ajudar uma criança a interiorizar o sentido de limites e de comportamentos próprios, mas também para o ajudar a tolerar os atrasos nas gratificações, e desenvolver resistência è frustração. Portanto, disciplina não é castigo.
 
Ensinar ou tentar desenvolver a disciplina não é tarefa para um dia. É um projecto de longo-termo. Sabemos que as crianças estão constantemente a testar os limites, a paciência e a consistência dos pais na aplicação da disciplina. Isto faz com que os pais estejam sempre a repetir as mesmas questões, vezes e vezes sem conta, até chegarem outras novas questões.
 
No limite, disciplina significa disponibilizar calma e limites consistentes. Claro que não é uma tarefa fácil. Mas a contra-partida é a de que os nossos filhos acabam por desenvolver auto-controlo, consideração pelos direitos e necessidades dos outros, conseguem gerir o adiamento da gratificação e tolerarem a frustração.
 
O importante da disciplina é a maneira como os pais a aplicam, que deve alterar-se e adaptar-se à medida que os filhos crescem. Os pais que vêm a disciplina como uma forma de mostrar quem manda estão a ir pelo caminho errado. Se uma criança acreditar que a disciplina é uma questão de controlo, ela irá responder com resistência e teimosia.
 
Contudo, haverá sempre alturas, em que não importa quantas vezes os pais tentaram ser razoáveis e equilibrados, que não vão conseguir evitar uma discussão. Às vezes, até parece que é justamente quando o pai está mais cansado que a criança se lhe dirige e insiste particularmente. Ou quando os pais chegaram a casa ao final do dia, ou quando há visitas em casa, ou quando estamos ao telefone, ou até mesmo a meio dum negócio importante.
 
Bater, ou usar a força física, quando estamos irritados vai ensinar à criança para usar a força física para controlar os outros. Estas expressões de raiva dos pais podem até mesmo minar todos os esforços que os pais tiveram para ensinar os seus filhos a controlarem a sua própria raiva.
 
Criar uma situação de pausa geralmente funciona para drenar alguma excitação duma situação tensa. Esta técnica resulta pondo a criança sentada por um curto intervalo de tempo (talvez um minuto por cada ano de idade que a criança tiver, dependendo também do temperamento de cada uma) num sítio específico tal como uma cadeira, uma escada, num quarto, etc. O importante é esse sítio não ser nem demasiado estimulante nem demasiado fechado. A ideia é que a criança ganhe novamente o controlo do seu temperamento. Para que estas pausas resultem, não devem ser vistas como um castigo, mas sim como um momento especial para reagrupar ideias e acalmar. Assim, quando a criança já se encontrar estabelecida, sente-se ao lado dela e diga-lhe porque é que interferiu desta forma. Não explique, mas dê ao seu filho uma ideia clara de quais são as suas expectativas relativamente ao seu comportamento.
 
A disciplina não funciona se falar com o seu filho como se fosse uma criança mais velha. À medida que o seu filho for crescendo e se tornando mais ágil na forma como usa a linguagem, pode parecer que percebe mais as coisas do que como, efectivamente, elas são. E às vezes o que parece ser um olhar desafiador, é uma falta de compreensão do seu filho sobre as coisas.
Não procure o controlo absoluto nem a compreensão absoluta das coisas. Nestas idades, na maior parte das vezes, o seu filho só fará as coisas como os pais querem se de facto lhes apetecer, ou se tiverem curiosidade sobre uma determinada coisa, ou se naquele momento não sentirem necessidade de afirmar independência. Muitas das vezes, ensinar disciplina pode ser um conjunto de pequenas e delicadas negociações, mais do que “bater com o pé”.
 
Por outro lado, há outros problemas que podem ser geridos, simplesmente, evitando-os. Se não quiser que o seu filho apanhe ou toque em determinados objectos, simplesmente tire-os do seu alcance. Se não quer que o seu filho ande a mexer em mercearias, ou nas bebidas alcoólicas lá de casa, tire-as do sítio e coloque-as onde saiba que o seu filho não lhes consegue pegar.
As distracções ou as substituições geralmente resultam como forma de circunscrever confrontações. Por exemplo, o seu filho quer pegar a sua caneca da companhia das indias: procure arranjar logo uma alternativa dando-lhe a caneca que tem o ursinho, ou então se aparecer a clássica birra, tire-o de cena e leve-a para a sala, ou para outro quarto e arranque com uma nova brincadeira. Outro exemplo, o seu filho quer brincar com as pinturas de maquilhagem da mãe, pois bem sente-se no chão com ele mas façam pinturas com os lápis de cera, ou guaches ou canetas. Etc., etc.
 
As refeições não são provavelmente as melhores alturas para a disciplina do seu filho ou para mostrar autoridade. Discutir acerca da comida que o seu filho come, ou a maneira de como ele se comporta à mesa vai fazer com que perca o gosto das refeições em família ou num restaurante. Discussões à volta da alimentação vão ensinar ao seu filho que a comida oferece uma maneira garantida de ter atenção. Para além disto, pode contribuir para questões relacionadas com problemas do comportamento alimentar no futuro. Nunca é boa ideia usar comida como recompensa, como castigo, como negociação, etc. A comida deve estar sempre relacionada com alimentação, ou com o estar com outras pessoas, mas nunca relacionada com controlo ou com disciplina.
 
São os pais que ensinam os comportamentos aos seus filhos servindo-lhes como exemplo. O seu filho aprenderá a auto-disciplina e respeito pelos outros pela observação e experiência que tem sobre a maneira como é tratado, e como os pais interagem com os outros.
 
 
09
Jan08

Temos de falar sobre sexo aos nossos filhos?

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A sexualidade e a adolescência são dois temas fortes e muito falados nos tempos de hoje, nomeadamente por ainda estar camuflada a expressão livre e de esclarecimento sobre a sexualidade nos jovens, que está a ser cada dia mais precoce. Todo o meio que envolve o adolescente tem dificuldade em abordar esta temática, não permitindo que os jovens tenham uma fonte segura para verem esclarecidas dúvidas que muitas vezes os atormentam. A adolescência é uma fase da vida na qual a personalidade está na fase final de estruturação e a sexualidade insere-se nesse processo sobretudo como um elemento estruturador da identidade do adolescente. Daí a necessidade de procurarmos conhecer melhor os mitos, tabus e a realidade da sexualidade para que possamos abordá-la de forma mais pacífica com os adolescentes, de manter um diálogo franco e entender as manifestações dessa sexualidade aflorada própria da idade.
A questão da sexualidade mudou tão rapidamente, nas últimas décadas, que deixou os pais “perdidos”. Antigamente as famílias não colocavam muitas dúvidas sobre o que era o correcto ou incorrecto na sexualidade; o que podiam permitir ou não. Hoje vivemos um momento difícil para a construção de um sistema de valores sexuais.
Por isso, considero importante alertar os pais que, existem alguns valores que não podem deixar de ser transmitidos aos jovens, tais como: O respeito por si próprio e pela sua dignidade enquanto pessoa; O respeito pelo outro. Não é permitido ver outro como meio de satisfação das suas necessidades; O acesso à informação. Responder ao que a criança quer saber de forma honesta e não preconceituosa; e, Ajudar a criança a desenvolver o espírito de crítica, a capacidade de raciocínio e a reflexão para escolher o que lhe convém.
 
Para lidar com a sexualidade dos seus filhos, é necessário defrontar-se com a sua própria sexualidade e esta situação pode gerar, muitas vezes, angústia. A sexualidade dos filhos traz para o presente, para muitos pais, aspectos reprimidos da própria sexualidade. É preciso encarar esta realidade, desbravar medos e aceitar que todos nós somos seres sexuais e todo o conhecimento que nos é fornecido no início do desabrochar da sexualidade é importantíssimo para o nosso amadurecimento futuro, quer na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis quer em natalidades não desejadas.
 
Vera Ribeiro, Psicóloga Clínica
A equipa da Let´s Grow agradece a colaboração e a opinião da Dra. Vera Ribeiro, especialista na área das Sexualidades.
08
Jan08

Escrita em espelho

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Exmos Senhores,
Tenho uma filha que recentemente começou a escrever o nome da direita para a esquerda,
com as respectivas letras invertidas.
A Beatriz tem 5 anos (feitos em Setembro), e frequenta o infantário, juntamente com a
irmã (3 anos).
A Beatriz frequenta igualmente uma escola de música desde os 3 anos, onde aprende piano.
Apesar de já me ter apercebido desta situação, não pensei que pudesse ser um possível
sinal de algum tipo de problema ou disfunção. Foi precisamente a professora de música que
me alterou para o facto, e me disse para estar bastante atento. Obviamente fiquei
preocupado ...
Indico-lhe algumas caracteristicas que definem a personalidade da Beatriz :
- Criança estremamente tímida no exterior;
- Apenas fala (muito e bem !!) com as pessoas muito próximas - Pais; Avós e Tios
- Nunca falou no infantário (practicamente não lhe conhecem o tom de voz !), apesar de
gostar bastante de o frequentar - nunca chorou de manhã, e por vezes quer ficar mais
tempo no final do dia; Nunca fala na presença de estranhos. Não esboça qualquer sorriso
ou outro tipo de manifestação em frente a estranhos. Mesmo que, p.e.x tenha vontade de
rir, nota-se claramente que faz um esforço muito grande para não manifestar esse
sentimento, fazendo força para manter os lábios cerrados e imóveis;
- Frequenta uma escola de música desde os 3 anos - piano, sendo a criança mais
concentrada e que mais evolui;
- Gosta de frequentar o infantário e a escola de música
- Faz tudo com a mão esquerda - é "canhota"
- É, na minha opinião, demasiado concentrada para a idade - consegue estar uma manhã
inteira a pintar ou a fazer trabalhos de colagem na secretária que tem no quarto;
- Reconhece a maioria das letras do alfabeto;
- Desde muito cedo distingue perfeitamente a esquerda da direita (um brincadeira que
fazíamos já desde os 3/4 anos, numa viagem de carro, nas curvas a Beatriz ia dizendo
"esquerda" ou "direita", conforme a orientação da curva.
- gosta de brincar com numeros e fazer contas.
- Segundo a educadora, é das crianças mais concentradas. Relativamente às fichas de
trabalho, basta explicar um a vez, e a Beatriz é das primeiras crianças a terminar (sem
no entanto falar e mostrar que já terminou)
- Recentemente começou a fazer "chichi" nas calças, pelo facto de não manifestar as suas
necessidades às Educadoras - Em casa, quando tem vontade, vais sozinha ao quarto de banho.

Quanto ao facto de não falar com ninguem no exterior, parece-me que neste momento é por
uma questão de "orgulho". A título de exemplo, há alguna dias, ao jantar, a Beatriz
perguntou à irmã se tinha falado com as educadoras. A irmã disse que não. A Beatriz,
manifestando uma enorme satisfação e "gozo" respondeu : "Eu também não".

Agradeço v/ comentários sobre esta situação. Preocupa-me bastante o facto de a Beatiz não
se manisfestar nem falar com as Educadoras, dado que dentro de 1 ano estará a ferquentar
a escola primária.

Antecipadamente Grato.
Paulo Ferreira de Melo

 

03
Jan08

Gestão Para Pais Angustiados

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Novos Projectos
 
Acabamos de entrar num novo ano com todos os desafios que tal facto implica.
 
A nossa equipa (família) precisa crescer, desenvolver-se e encontrar mais soluções para enfrentar os desafios diários.
 
Que desafios colocar aos nossos filhos a nós pais?
 
Todos já sentimos que não fazemos com os nossos filhos tudo o que gostaríamos, e isto acontece por falta de tempo, por cansaço ou porque pura e simplesmente, no meio das nossas actividades nos “perdemos”, e o tempo passa depressa de mais.
 
Propomos que neste início de ano utilize o seu calendário para mais do que ver os dias passar.
 
O calendário será a agenda da família e lá vamos marcar e reservar o tempo para as actividades que queremos fazer, e quem não cumprir perde.
 
Como fazer?
 
Com os nossos filhos vamos identificar apenas uma actividade que seja importante para todos e quanto tempo podemos dispensar para a sua concretização.
 
Toda a família assume que no dia marcado, aquela tarefa não pode ser cancelada, e todos devem contribuir para que assim seja.
 
Quando a primeira tarefa já estiver “cimentada”, for uma rotina, estamos no bom caminho para encontrar a próxima tarefa e realizar em família.
 
Não se devem entusiasmar demais, deixem alguns momentos para descansar, também é importante!
 
Boas actividades.
 
A equipa Let’s Grow

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O QUE É … A LET’S GROW?

A Let’s Grow é um projecto português que nasceu em 2006 da necessidade sentida pelos Psicólogos Miguel Botelho de Barros (área Clínica) e Rui Nunes da Silva (área Social e das Organizações) de criar um programa de consultoria para a infância. Deste modo, a Let’s Grow integra na sua formação duas áreas distintas mas complementares que, ao cruzarem informação, permitiram melhorar significativamente a compreensão e a resposta face às lacunas sentidas nos projectos próprios da infância relativamente às competências sociais e emocionais.

A Let’s Grow é um conceito inovador e muito prático, que adapta as últimas descobertas da Psicologia Social e do Desenvolvimento Infantil às novas necessidades do séc. XXI. Através da aplicação de uma metodologia eficaz e rápida, È possível as crianças experimentarem e interiorizarem as ferramentas que promovem um desenvolvimento mais completo.

A nossa Missão

A missão da Let’s Grow é ser a Parceira das Crianças, suas Famílias e Escolas, de modo a que todos consigam gerir de forma eficaz os processos de crescimento e de mudanças, através do desenvolvimento e optimização das suas competências emocionais e sociais.