A doença e a Avó
Muito boa tarde,
A Avó que aqui nos descreve faz o seu papel, que pode ser mais ou menos participativo mas sempre com uma enorme componente afectiva, e é claro, à sua maneira.
O seu filho tem a enorme benesse
Esta relação, Avó / Neto, é muito importante para o desenvolvimento das crianças, infelizmente as Avós de hoje são em muitos casos ainda trabalhadoras e passam grande parte do dia dedicada às suas profissões sem terem grande tempo para as actividades com os Netos.
As Avós dão uma componente muito importante aos nossos filhos, porque podem partilhar com eles uma experiência de vida muito rica e que muitas vezes os leva a lugares onde eles não chegam no seu dia a dia.
A protecção e carinho das Avós é fundamental para o desenvolvimento da auto estima e cultura das crianças garantindo o “colo” que muitas vezes os pais não podem dar por variadíssimas razões.
justificação extra para que a Avó o protegesse, pela história que conta parece não haver nenhuma necessidade de uma protecção especial. Portanto, para conseguirmos transmitir uma boa ideia de auto-protecção, autonomia, conseguir fazer coisas por ele próprio sem ansiedades, etc. seria aconselhável não desenvolver um ambiente de deficiência ou de alguma dificuldade que não existe. Não vamos correr o risco de com tanta protecção, no futuro o seu filho não consiga realizar as suas tarefas autonomamente, sem a ajuda de alguém que esteja por perto.
Os pais são reguladores do bem e do mal mas é fundamental que toda a família participe no desenvolvimento das suas crianças. A variedade de ferramentas disponíveis melhora muito o nível e a qualidade das respostas dadas por elas.
É importante também transmitir a ideia que o que está em causa, acima dos problemas dos chocolates, a alimentação, as birras, as vontades, etc. é o estilo e o tipo de modelo que estão a transmitir ao seu filho relativamente ao não desenvolvimento da competência ligada à tolerância à frustração. Se o seu filho tiver a seguir a uma birra, como diz, uma gratificação imediata, vai hipotecar a educação que imaginava dar ao seu filho.
Deixe a sua Mãe desempenhar o seu papel de Avó, o seu filho tem muito a ganhar com isso mas combinem uma estratégia, deixe que a sua Mãe seja uma negociadora mas que não contrarie as decisões dos Pais, deve no entanto poder negociar as vossas decisões sem vos desautorizar, garantindo que esse processo transmite à criança regras de convivência que vão clarificar o papel de cada um dos elementos da família, todos temos o nosso papel mas é importante e fundamental demonstrar o respeito que temos pelas tarefas que são desempenhadas pelos outros.
É importante que todos saibam que não é por contraiar os netos, ou os filhos, que eles vão deixar de gostar de alguém. Antes pelo contrário, eles precisam de regras para se sentir seguros e confortáveis.
Clarifique na família qual o papel de cada um (sem impor, negoceie) e deixe que a sua Mãe seja participativa, têm todos muito a ganhar com isso.
Os Pais têm de impor as regras e essas têm de ser respeitadas mas por forma a não serem por vezes excessivamente duras deixe que exista mediação, Tios e Avós são figuras centrais nesse papel.
Cumprimentos,
Let’s Grow